sábado, 30 de outubro de 2010

Saúde, um caso sério.

cruz vermelha

Existem 2 formas de discutir o assunto: uma, na teoria, onde você é apenas um interlocutor, avaliando o que é certo ou não. A outra, é sentir na pele, como eu senti nessa semana, com uma alergia que me incomodou terrivelmente. Entre coceiras e o avanço de manchas vermelhas pelo corpo, nada foi mais incômodo do que a indiferença em relação ao que sentia, e aí me coloquei no lugar de tantos outros brasileiros.

Era terça-feira (26/10/2010), havia algo de errado no meu corpo e seguindo a orientação padrão, procurei um médico para avaliar o que estava acontecendo. Na nossa cabeça, há milhares de possibilidades e temos a mania de esperar pelo pior, ainda mais quando o que vemos no nosso corpo colabora para essa impressão. Podia ser muita coisa, e eu precisava de uma orientação, afinal “a coisa” estava evoluindo. Primeiro, a dificuldade de encontrar um médico, que se importe em saber a urgência de querer marcar uma hora no mesmo dia. Não era por luxo de querer ser o primeiro na fila a ser atendido. A mais próxima seria apenas na semana que vem. Peraí, quer dizer que eu deveria sofrer uma semana, só porque eles não pode me atender?? Será mesmo que não podiam?? Problemas de pele são com dermatologistas, ou não? Resumindo a história, consegui um que me atendesse, que deu um remédio caro mas não funcionou. O triste é que nem procurou mais informações sobre minha alimentação ou outras razões para a alergia. Bem, depois de ser atendido por um plantonista jovem médico, clínico geral, em um ambulatório de pronto atendimento do meu plano de saúde, ele deu outra medicação que realmente funcionou. Minha sorte, é que ele mesmo tinha problemas com alergia.

Agora há a lei que não permite que se vendam medicamentos sob prescrição médica na farmácia. Ok, anti bióticos podem desenvolver bactérias e vírus mais resistentes. Mas muitas vezes o farmacêutico é a única forma de se conseguir um atendimento imediato. Tá certo que ele não é médico, mas também não é leigo. Para mim, já foi decisivo em vários sintomas. Adianta reclamar da automedicação ou de não ser atendido por profissionais qualificados na escola de medicina, quando não há contra partida, facilitando o acesso da população à saúde?

Que o S.U.S. não funciona como deveria, é assunto mais que discutido. Na situação, meu plano Unimed não garantiu nada. Aliás, a classe médica reclama da má remuneração da cooperativa e por isso muitos já não tem mais convênio e cobram em média de R$ 150 a R$ 200 a consulta particular. Com todo respeito ao quanto estudam e passam para finalmente conseguirem o diploma, mas será que só rico pode se consultar agora? Os investimentos publicitários dos planos de saúde para buscar novos clientes é enorme. Mas peraí, tem algo de errado nessa história?? Todo esse dinheiro para mostrar como vale a pena, e por outro lado tanto conveniados como clientes reclamando, mas sem uma solução boa para os 2.

Você deve estar se perguntando, porque não fui à um posto médico ou pronto socorro de um hospital. Bem, eu pago um plano certo? Não é barato, somando o quanto uso, pelo que já paguei sem usar. Tenho direito à um profissional da área, do problema que estou passando. Pronto socorro, é para pessoas que correm risco de vida ou sofreram problemas graves, com necessidade emergencial. Se todos forem ao pronto socorro por qualquer coisa que sentem, irão ficar cheias e será muito pior para quem realmente passa por sérios problemas. Mas sem dúvida, seria meu próximo passo, que provavelmente iria me recomendar um dermatologista. Posto médico? Com tudo que você ouve de negativo pelos veículos de comunicação e experiência de pessoas que foram lá? Era um ítem que estava na lista final da busca por uma solução do problema. Veja, estou sendo GENÉRICO, e sabemos que existem excelentes profissionais, que realmente se preocupam com a VIDA das pessoas. Conheço vários, mas nenhum é dermatologista.

Temos que exigir mais da saúde pública e particular. Hoje somos reféns da saúde e muitas vezes estamos à mercê de profissionais que não se atualizam mais ou te vêem como o “próximo” a ser atendido. Não somos um “próximo”. Eu sou o Claus. Você também tem um nome e um histórico.

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